The Lurker Radio (ou desperate times call for desperate measures...)
Tenho um amigo que, durante muito tempo, ganhou uns cobres como "DJ", antes disso cair na decadência que é hoje. Naqueles tempos de carregar caixa de som, iluminação, equipamentos e cabos, tinhamos uma música que sempre encerrava a festa, após a qual os "serviços de sonorização" eram definitivamente concluídos.
Nada mais adequado para terminar a semana, não acham?
Bad
U2
Album: Wide Awake In America
If you twist and turn away
If you tear yourself in two again
If I could, yes I would
If I could, I would
Let it go
Surrender
Dislocate
If I could throw this
Lifeless lifeline to the wind
Leave this heart of clay
See you walk, walk away
Into the night
And through the rain
Into the half - light
And through the flame
If I could through myself
Set your spirit free
I'd lead your heart away
See you break, break away
Into the light
And to the day
To let it go
And so to fade away
To let it go
And so fade away
I'm wide awake
I'm wide awake
Wide awake
I'm not sleeping
Oh, no, no, no
If you should ask then maybe they'd
Tell you what I would say
True colors fly in blue and black
Bruised silken sky and burning flag
Colors crash, collide in blood shot eyes
If I could, you know I would
If I could, I would
Let it go...
This desperation
Dislocation
Separation
Condemnation
Revelation
In temptation
Isolation
Desolation
Let it go
And so fade away
To let it go
And so fade away
To let it go
And so to fade away
I'm wide awake
I'm wide awake
Wide awake
I'm not sleeping
Oh, no, no, no
The Lurker says: "I'm wide awake; I'm not sleeping"
julho 18, 2003
julho 17, 2003
The Lurker e a entropia (ou de como anda a esplanada dos ministérios)
Essa eu tenho que contar, porque senão ninguém acredita. Antes do pequeno diálogo, cabe uma explicação. Em maio fiz uma apresentação na Universidade de Brasília sobre avaliação de programas e projetos sociais. Umas quarenta almas, se tanto, suportaram a hora da fome para ouvir o que tinha para contar. No final, uma moça (das poucas que fizeram perguntas inteligentes) me procura para discutir uma avaliação que eles vão preparar no Ministério do Esporte.
Ato contínuo, a moça liga uns dias depois, pede uma reunião. Da reunião, pede-se uma apresentação para um secretário e depois para todos os secretários do Ministério. Até aí, tudo bem: só se gastou tempo (montando uma Assistência Preparatória para o ME) e saliva. Já tem umas duas semanas que nada de novo acontecia e tratei de ir cuidar de outras coisas.
Muito bem. Estava eu, hoje às 9:00hs, cuidando da minha vida quando toca o telefone:
- E aí, está pronto para a apresentação? - pergunta meu coordenador geral.
- Como é que é? - foi a minha resposta.
- É, apresentação no Ministério do Esporte.
- Fale sério. Não faço idéia de apresentação nenhuma para eles. De onde saiu isto agora?
- Eu também não sabia – foi a resposta. Mas a apresentação é para o Ministro e vai ser às 10:00hs. Tinha um recado na minha mesa quando cheguei.
- Mas este pessoal não regula... Assim, como trovão em céu azul?
- Pois é. Algum problema?
- Não, não tem. A apresentação é a mesma da última vez. Vou ajeitar o orçamento e está pronto, mas não é bem assim que a banda toca... (risos)
- Fazer o que, né?
- Passo aí e pego você em meia hora?
- Ok. Espero você aqui.
Fim das contas: a apresentação foi feita (pela terceira vez, agora com a presença do secretariado E do Ministro). O Ministro achou que era aquilo mesmo e que os programas de governo precisam mais é de avaliação para saber seu impacto,... q.e.d.
O highlight foi conhecer a Secretária de Esporte de Alto Rendimento, Maria Paula Gonçalves da Silva, mais conhecida como “Magic Paula” ou “Paula do Basquete”, que é muito simpática.
The Lurker Says: "Life is infinitely stranger than anything which the mind of man could invent." Sherlock Holmes - A case of identity.
Essa eu tenho que contar, porque senão ninguém acredita. Antes do pequeno diálogo, cabe uma explicação. Em maio fiz uma apresentação na Universidade de Brasília sobre avaliação de programas e projetos sociais. Umas quarenta almas, se tanto, suportaram a hora da fome para ouvir o que tinha para contar. No final, uma moça (das poucas que fizeram perguntas inteligentes) me procura para discutir uma avaliação que eles vão preparar no Ministério do Esporte.
Ato contínuo, a moça liga uns dias depois, pede uma reunião. Da reunião, pede-se uma apresentação para um secretário e depois para todos os secretários do Ministério. Até aí, tudo bem: só se gastou tempo (montando uma Assistência Preparatória para o ME) e saliva. Já tem umas duas semanas que nada de novo acontecia e tratei de ir cuidar de outras coisas.
Muito bem. Estava eu, hoje às 9:00hs, cuidando da minha vida quando toca o telefone:
- E aí, está pronto para a apresentação? - pergunta meu coordenador geral.
- Como é que é? - foi a minha resposta.
- É, apresentação no Ministério do Esporte.
- Fale sério. Não faço idéia de apresentação nenhuma para eles. De onde saiu isto agora?
- Eu também não sabia – foi a resposta. Mas a apresentação é para o Ministro e vai ser às 10:00hs. Tinha um recado na minha mesa quando cheguei.
- Mas este pessoal não regula... Assim, como trovão em céu azul?
- Pois é. Algum problema?
- Não, não tem. A apresentação é a mesma da última vez. Vou ajeitar o orçamento e está pronto, mas não é bem assim que a banda toca... (risos)
- Fazer o que, né?
- Passo aí e pego você em meia hora?
- Ok. Espero você aqui.
Fim das contas: a apresentação foi feita (pela terceira vez, agora com a presença do secretariado E do Ministro). O Ministro achou que era aquilo mesmo e que os programas de governo precisam mais é de avaliação para saber seu impacto,... q.e.d.
O highlight foi conhecer a Secretária de Esporte de Alto Rendimento, Maria Paula Gonçalves da Silva, mais conhecida como “Magic Paula” ou “Paula do Basquete”, que é muito simpática.
The Lurker Says: "Life is infinitely stranger than anything which the mind of man could invent." Sherlock Holmes - A case of identity.
The Lurker Radio (ou music can say so much)
Esta música, ao ter sido tocada, lembrou-me certa pessoa... Sugiro o tom em monossílabo "Si" sustendido... ;-)
I'll Never Fall In Love Again
Burt Bacharach / Hal David
Album: Close To You (1970)
What do you get when you fall in love?
A girl with a pin to burst your bubble
That's what you get for all your trouble.
I'll never fall in love again.
I'll never fall in love again.
What do you get when you kiss a girl?
You get enough germs to catch pneumonia.
After you do, she'll never phone you.
I'll never fall in love again.
I'll never fall in love again.
Don't tell me what is all about,
'Cause I've been there and I'm glad I'm out,
Out of those chains, those chains that bind you
That is why I'm here to remind you
What do you get when you fall in love?
You get enough tears to fill an ocean
That's what you get for your devotion.
I'll never fall in love again.
I'll never fall in love again.
What do you get when you fall in love?
You only get lies and pain and sorrow.
So, for at least until tomorrow,
I'll never fall in love again!
I'll never fall in love again!
(Part of Bacharach/David - Medley)
Don't tell me what it's all about
`Cause I've been there and I'm glad I'm out
Out of those chains, those chains that bind you
That is why I'm here to remind you. (here to mind you) 3x
What do you get when you fall in love?
You only get lies and pain and sorrow
So, for at least, until tomorrow
I'll never fall in love again
Oh, I'll never fall in love again
The Lurker Says: "Love is a gross exaggeration of the difference between one person and everybody else." -- George Bernard Shaw
Esta música, ao ter sido tocada, lembrou-me certa pessoa... Sugiro o tom em monossílabo "Si" sustendido... ;-)
I'll Never Fall In Love Again
Burt Bacharach / Hal David
Album: Close To You (1970)
What do you get when you fall in love?
A girl with a pin to burst your bubble
That's what you get for all your trouble.
I'll never fall in love again.
I'll never fall in love again.
What do you get when you kiss a girl?
You get enough germs to catch pneumonia.
After you do, she'll never phone you.
I'll never fall in love again.
I'll never fall in love again.
Don't tell me what is all about,
'Cause I've been there and I'm glad I'm out,
Out of those chains, those chains that bind you
That is why I'm here to remind you
What do you get when you fall in love?
You get enough tears to fill an ocean
That's what you get for your devotion.
I'll never fall in love again.
I'll never fall in love again.
What do you get when you fall in love?
You only get lies and pain and sorrow.
So, for at least until tomorrow,
I'll never fall in love again!
I'll never fall in love again!
(Part of Bacharach/David - Medley)
Don't tell me what it's all about
`Cause I've been there and I'm glad I'm out
Out of those chains, those chains that bind you
That is why I'm here to remind you. (here to mind you) 3x
What do you get when you fall in love?
You only get lies and pain and sorrow
So, for at least, until tomorrow
I'll never fall in love again
Oh, I'll never fall in love again
The Lurker Says: "Love is a gross exaggeration of the difference between one person and everybody else." -- George Bernard Shaw
julho 16, 2003
The Lurker e o retorno ao Rio de Janeiro - Parte II (ou três vivas para a revolução digital)
No Brasil nossas companhias aéreas, por uma decisão lá delas, concluíram que não é interessante dar conforto aos passageiros. Explico: da última vez que voei de Atlanta para Salt Lake City (quem lê pensa que faço isso todo dia...) eles tiveram a decência de passar lá seu filminho para a turma de entulhados que, como eu, se acotovelava na classe econômica. É preciso que se entenda que o público que voa dentro dos EUA parece-se muito com nosso pessoal que anda de ônibus no sudeste do Brasil (mesma indumentária, mesmo chinelo de dedo, entulhados de pacotes, etc). Então, que pelo menos apareçam com um anestésico mental para o tédio de quem não vai conseguir dormir. A Aviaco, empresa aérea espanhola, teve o mesmo bom senso de passar um "Tom & Jerry" no vôo Madri-Paris a tempos atrás.
Ciente deste estado de coisas, nesta viagem ao Rio armei-me com meu notebook e uns episódios de Star Trek Enterprise baixados do Kazaa. Infelizmente na ida sofri de um pequeno esquecimento: fones de ouvido. O NB berrava mas era difícil compreender tudo, devido ao ruído interno da aeronave.
Na volta providenciei a aquisição de um par de fones intra-auriculares e vim, lampeiro e pimpão, vendo confortavelmente dois episódios seguidos. Neste ínterim, o menino que viajava na poltrona ao lado não conseguia tirar os olhos da tela (apesar de não ouvir nada). Por seu turno, a comissária interessou-se em saber de onde eu havia obtido os filmes (afinal, pelo menos em teoria, não é permitido o uso de CDs nos aviões).
Definitivamente eu ando mesmo viciado neste computadorzinho. Tomara que eles comecem a ficar mais leves, porque esse negócio de carregar quase dois quilos para um lado e para o outro tem efeitos nada positivos na postura de qualquer um.
The Lurker Says: “Sorry about the mess; sometimes I think my bunk-mate majored in chaos theory.” Crewman Daniels para Capt. Archer, "Cold Front."
No Brasil nossas companhias aéreas, por uma decisão lá delas, concluíram que não é interessante dar conforto aos passageiros. Explico: da última vez que voei de Atlanta para Salt Lake City (quem lê pensa que faço isso todo dia...) eles tiveram a decência de passar lá seu filminho para a turma de entulhados que, como eu, se acotovelava na classe econômica. É preciso que se entenda que o público que voa dentro dos EUA parece-se muito com nosso pessoal que anda de ônibus no sudeste do Brasil (mesma indumentária, mesmo chinelo de dedo, entulhados de pacotes, etc). Então, que pelo menos apareçam com um anestésico mental para o tédio de quem não vai conseguir dormir. A Aviaco, empresa aérea espanhola, teve o mesmo bom senso de passar um "Tom & Jerry" no vôo Madri-Paris a tempos atrás.
Ciente deste estado de coisas, nesta viagem ao Rio armei-me com meu notebook e uns episódios de Star Trek Enterprise baixados do Kazaa. Infelizmente na ida sofri de um pequeno esquecimento: fones de ouvido. O NB berrava mas era difícil compreender tudo, devido ao ruído interno da aeronave.
Na volta providenciei a aquisição de um par de fones intra-auriculares e vim, lampeiro e pimpão, vendo confortavelmente dois episódios seguidos. Neste ínterim, o menino que viajava na poltrona ao lado não conseguia tirar os olhos da tela (apesar de não ouvir nada). Por seu turno, a comissária interessou-se em saber de onde eu havia obtido os filmes (afinal, pelo menos em teoria, não é permitido o uso de CDs nos aviões).
Definitivamente eu ando mesmo viciado neste computadorzinho. Tomara que eles comecem a ficar mais leves, porque esse negócio de carregar quase dois quilos para um lado e para o outro tem efeitos nada positivos na postura de qualquer um.
The Lurker Says: “Sorry about the mess; sometimes I think my bunk-mate majored in chaos theory.” Crewman Daniels para Capt. Archer, "Cold Front."
julho 15, 2003
The Lurker e o retorno ao mundo real (ou bigornas engraçadas são as de 16 toneladas...)
Considerando-se o rumo das atividades e o dia de ontem, cabe um pequeno interlúdio musical em nossa saga sobre o Rio de Janeiro (em especial porque o blogger ainda come os acentos).
"A Man"
Alanis Morissette
Album: Under Rug Swept
I am a man as a man I've been told
Bacon is brought to the house in this mold
Born of your bellies I yearn for the cord
Years I have groveled repentance ignored
And I have been blamed
And I have repented
I'm working my way toward our union mended
I am man who has grown from a son
Been crucified by enraged women
I am son who was raised by such men
I'm often reminded of the fools I'm among
And I have been shamed
And I have relented
I'm working my way toward our union mended
And I have been shamed
And I have repented
I'm working my way toward our union mended
we don't fare well with endless reprimands
we don't do well with a life served as a sentence
this won't work well if you're hell bent on your offence
I am a man who understands your resistance
I am a man who still does what he can
to dispel our archaic reputation
I am a man who has heard all he can
cuz I don't fare well with endless punishment
Cuz I have been blamed and I have repented
I'm working my way toward our union mended
And we have been blamed and we have repented
I'm working my way toward our union mended
The Lurker Says: Say what?
Considerando-se o rumo das atividades e o dia de ontem, cabe um pequeno interlúdio musical em nossa saga sobre o Rio de Janeiro (em especial porque o blogger ainda come os acentos).
"A Man"
Alanis Morissette
Album: Under Rug Swept
I am a man as a man I've been told
Bacon is brought to the house in this mold
Born of your bellies I yearn for the cord
Years I have groveled repentance ignored
And I have been blamed
And I have repented
I'm working my way toward our union mended
I am man who has grown from a son
Been crucified by enraged women
I am son who was raised by such men
I'm often reminded of the fools I'm among
And I have been shamed
And I have relented
I'm working my way toward our union mended
And I have been shamed
And I have repented
I'm working my way toward our union mended
we don't fare well with endless reprimands
we don't do well with a life served as a sentence
this won't work well if you're hell bent on your offence
I am a man who understands your resistance
I am a man who still does what he can
to dispel our archaic reputation
I am a man who has heard all he can
cuz I don't fare well with endless punishment
Cuz I have been blamed and I have repented
I'm working my way toward our union mended
And we have been blamed and we have repented
I'm working my way toward our union mended
The Lurker Says: Say what?
julho 14, 2003
The Lurker e o retorno ao Rio de Janeiro - Parte I (ou a viagem gastronômica de Gulliver)
Esta viagem ao Rio necessitará ser contada em partes. Desta vez tratava-se do IX Seminário de Estatística Aplicada, promovido pelo IASI - Instituto Interamericano de Estatística. Trata-se de uma das mais prestigiosas instituições do campo e o evento contou com a participação de gente de peso, tanto nacional quanto internacional. Como experiência acadêmica foi um episódio excelente: tornei a encontrar diversos técnicos que conheci de tempos passados e fiz novos contatos que, num futuro nada distante, poder?o render trabalhos interessantes. Mas deixemos este papo para mais adiante.
Continuo, como de hábito, buscando lugares interessantes para o repasto vespertino, o qual deve forçosamente ser partilhado como uma companhia inteligente e agradável. Tenho tido muita sorte no Rio quanto a este aspecto. Além do Antiquarius, agora janta-se também no Gero (pronuncia-se djêro). Filhote de seu contraparte, o Fasano, de São Paulo, o Gero possui uma cozinha de excelente qualidade. As massas, pães e outros farináceos são produzidos pelo próprio estabelecimento e servidos frescos. A adega é bem suprida, seu sommelier é instrutivo sem ser intrusivo. Conhece o ramo e seu trabalho. O vinho da noite foi um italiano da região da Úmbria. Confesso minha ignorância: desconhecia que eles produzissem vinho de qualidade por lá. O que nos foi servido era denso e evoluiu muito bem em sua hora de vida, reproduzindo desde especiarias em seu início a frutas vermelhas em seu final. Se eu pelo menos me lembrasse o nome.... Ah sim, as massas al dente estavam excepcionais.
Meu par para a noite tem um hábito peculiar: julga a qualidade do restaurante (italiano) pelo padrão de seu Fetuccine Alfredo, o qual não deve ser feito com creme, (note bem – eu também ignorava). Parece-me um jeito sencillo, como diriam os espanhóis, de se estabelecer uma escala de qualidade, dado que sempre se compara algo com um padrão. Segundo a análise, desta vez o Alfredo estava “to die for”. Não falo do Alfredo, mas posso falar do Talharim aos Quatro Fromaggios, que estava igualmente excepcional. A sobremesa foi um Gateau de chocolate com limão extremamente interessante. O detalhe, que oferece dezenas de pontos na escala São Paulo de atendimento, está em que nada disso consta do cardápio: além de possuírem alta qualidade profissional, os membros da equipe do Gero mostraram versatilidade.
O Antiquarius continua o mesmo. Recomendo, como de hábito, o Filé ao Roquefort. Segundo a crônica, o Camarão (como a anos não vejo daquele tamanho) empanado e recheado com catupiry, também estava à altura do restaurante. A má notícia é que eles saíram da associação da boa lembrança. Ou seja, pessoal, se você tem um prato deles, cuide com carinho, que agora é peça de coleção... Eu tenho o meu, Bacalhau Nunca Chega, adquirido em 2000, continua em perfeito estado... feliz de quem tem o Arroz de Codornizes, que é mais antigo ainda e foi o prato deles por muitos anos... :-)
Em tempo: as "celebridades" da noite ficaram por conta de Agildo Ribeiro (fumando um havana fedorentíssimo) e do Edney Silvestre na mesa do lado.
De passagem por Ipanema, fui igualmente ao Porcão, visitar meu amigo e sommelier da casa, Nibelto (não, eu não seleciono meus amigos pelo nome... :-). Foi uma visita muito interessante, por todo o cuidado e surpresa dele ao me encontrar. Principalmente porque me anunciei como policial civil ao pessoal da recepção... Precisava ver a cara do pobre rapaz quando foi chamá-lo. O resto foi festa e meia hora de discussão sobre vinhos. Detalhe – apesar de interessante, a adega de Ipanema não vale o cadarço da de Brasília e ele sabe disso, pois já trabalhou aqui. De qualquer maneira, mais um estabelecimento com o padrão Porcão de qualidade.
The Lurker Says: One cannot think well, love well, sleep well, if one has not dined well. (Virginia Woolf (1882-1941).
Esta viagem ao Rio necessitará ser contada em partes. Desta vez tratava-se do IX Seminário de Estatística Aplicada, promovido pelo IASI - Instituto Interamericano de Estatística. Trata-se de uma das mais prestigiosas instituições do campo e o evento contou com a participação de gente de peso, tanto nacional quanto internacional. Como experiência acadêmica foi um episódio excelente: tornei a encontrar diversos técnicos que conheci de tempos passados e fiz novos contatos que, num futuro nada distante, poder?o render trabalhos interessantes. Mas deixemos este papo para mais adiante.
Continuo, como de hábito, buscando lugares interessantes para o repasto vespertino, o qual deve forçosamente ser partilhado como uma companhia inteligente e agradável. Tenho tido muita sorte no Rio quanto a este aspecto. Além do Antiquarius, agora janta-se também no Gero (pronuncia-se djêro). Filhote de seu contraparte, o Fasano, de São Paulo, o Gero possui uma cozinha de excelente qualidade. As massas, pães e outros farináceos são produzidos pelo próprio estabelecimento e servidos frescos. A adega é bem suprida, seu sommelier é instrutivo sem ser intrusivo. Conhece o ramo e seu trabalho. O vinho da noite foi um italiano da região da Úmbria. Confesso minha ignorância: desconhecia que eles produzissem vinho de qualidade por lá. O que nos foi servido era denso e evoluiu muito bem em sua hora de vida, reproduzindo desde especiarias em seu início a frutas vermelhas em seu final. Se eu pelo menos me lembrasse o nome.... Ah sim, as massas al dente estavam excepcionais.
Meu par para a noite tem um hábito peculiar: julga a qualidade do restaurante (italiano) pelo padrão de seu Fetuccine Alfredo, o qual não deve ser feito com creme, (note bem – eu também ignorava). Parece-me um jeito sencillo, como diriam os espanhóis, de se estabelecer uma escala de qualidade, dado que sempre se compara algo com um padrão. Segundo a análise, desta vez o Alfredo estava “to die for”. Não falo do Alfredo, mas posso falar do Talharim aos Quatro Fromaggios, que estava igualmente excepcional. A sobremesa foi um Gateau de chocolate com limão extremamente interessante. O detalhe, que oferece dezenas de pontos na escala São Paulo de atendimento, está em que nada disso consta do cardápio: além de possuírem alta qualidade profissional, os membros da equipe do Gero mostraram versatilidade.
O Antiquarius continua o mesmo. Recomendo, como de hábito, o Filé ao Roquefort. Segundo a crônica, o Camarão (como a anos não vejo daquele tamanho) empanado e recheado com catupiry, também estava à altura do restaurante. A má notícia é que eles saíram da associação da boa lembrança. Ou seja, pessoal, se você tem um prato deles, cuide com carinho, que agora é peça de coleção... Eu tenho o meu, Bacalhau Nunca Chega, adquirido em 2000, continua em perfeito estado... feliz de quem tem o Arroz de Codornizes, que é mais antigo ainda e foi o prato deles por muitos anos... :-)
Em tempo: as "celebridades" da noite ficaram por conta de Agildo Ribeiro (fumando um havana fedorentíssimo) e do Edney Silvestre na mesa do lado.
De passagem por Ipanema, fui igualmente ao Porcão, visitar meu amigo e sommelier da casa, Nibelto (não, eu não seleciono meus amigos pelo nome... :-). Foi uma visita muito interessante, por todo o cuidado e surpresa dele ao me encontrar. Principalmente porque me anunciei como policial civil ao pessoal da recepção... Precisava ver a cara do pobre rapaz quando foi chamá-lo. O resto foi festa e meia hora de discussão sobre vinhos. Detalhe – apesar de interessante, a adega de Ipanema não vale o cadarço da de Brasília e ele sabe disso, pois já trabalhou aqui. De qualquer maneira, mais um estabelecimento com o padrão Porcão de qualidade.
The Lurker Says: One cannot think well, love well, sleep well, if one has not dined well. (Virginia Woolf (1882-1941).
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